E como faremos para que nossa estratégia CRM percorra a empresa e
garanta que todas as interações com os clientes sejam satisfatórias para
eles e para nós?
Percorrer as diversas áreas da empresa e alinhar o dia-a-dia de cada
profissional à nova estratégia CRM implica em grandes e profundas
mudanças organizacionais. Destacamos nesse ponto algumas das principais
alterações: centralização de dados dos clientes; captura e manutenção
contínuas desses dados; métricas adequadas; e integração com
profissionais de outros departamentos. Essas mudanças não devem ser
exclusividade das áreas de atendimento ao cliente, marketing e vendas –
devem também permear toda a empresa e envolver todas as pessoas.
Tornar real uma estratégia de CRM exige uma devida identificação dos
clientes. Não basta o "branco dos olhos". Precisamos dar-lhes contorno, e
utilizar o que vemos na busca pelos clientes com maior valor e
potencial. Naturalmente, esse esforço passa pelo uso da tecnologia e
pela disciplina das equipes.
Ser capaz de identificar os clientes que são ou podem vir a ser
rentáveis, e evitar surpresas com clientes de alto faturamento que no
fim representam prejuízos são alguns dos exemplos do pensamento
estratégico que deverá orientar nossa prática CRM.
Talvez neste texto o leitor sinta que o caminho para o CRM não é dos
mais fáceis, mas eu nunca disse que seria. De qualquer forma, muitos já
tentaram e conseguiram, deixando lições para facilitar nosso caminho:
I – O CRM é uma jornada. Não tem fim. A direção e os resultados têm
de ser sempre avaliados. Trata-se de um aprendizado contínuo;
II – A prática do CRM exige mudanças organizacionais profundas. Quem não acredita, "que atire a primeira pedra";
III – Objetivos e métricas mal definidos não conduzem a boas iniciativas de CRM;
IV – Foco excessivo em tecnologia CRM é um risco. Tecnologia é um meio, não o fim;
V – Evite a ausência de alinhamento entre o CRM e a estratégia de
negócio da empresa – sobretudo com um agravante: a falsa percepção de
que tal alinhamento existe;
VI – Atente para a capacitação inadequada das equipes, lembrando que o
CRM passa fortemente pelas pessoas e todos na empresa devem estar
comprometidos;
VII – Projetos grandes e longos ou projetos pontuais e isolados trazem problemas aos projetos de CRM;
VIII – Tentativas de abreviação do processo de amadurecimento da empresa e dos colaboradores podem atrapalhar o caminho do CRM;
IX – Elimine o excesso de atributos de análise, que trazem complexidade operacional no dia-a-dia da operação do CRM;
X – O CRM é um processo contínuo de descoberta, planejamento, ação e avaliação;
XI – O exemplo vem de cima. Ninguém pode ignorar a existência do CRM;
XII – Finalmente, a integração de dados e sistemas contribui para o sucesso de projetos CRM, porém custam caro e dão trabalho.
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